sexta-feira, 3 de agosto de 2007


Defontaine (1980, vol. 3) compara a imagem corporal a um conhecimento “geográfico” que uma criança possa ter. Através da interiorização, a criança torna-se capaz de se situar. O esquema corporal, para ele, é um conhecimento imediato do corpo estático ou em movimento, e suas relações com as partes do corpo, com o espaço e com os objetos circundantes.
Uma grande preocupação para todos aqueles que lidam com crianças deveria ser ajudá-las a usar seu corpo para aprender os elementos do mundo que as envolve e estabelecer relações entre eles, isto é, auxiliara a desenvolver a inteligência.
É necessário, também, que o educador auxilie seus alunos no sentido de fazê-los centrarem sua atenção sobre si mesmos para uma maior interiorização do corpo. A interiorização é um fator muito importante para que a criança possa tomar consciência de seu esquema corporal. Pela interiorização, a criança volta-se para si mesma, possibilitando uma automatização das primeiras aquisições motoras. A criança que não consegue interiorizar seu corpo pode ter problemas tanto no plano gnosiológico, como no práxico.
Lê Boulch (1984) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de movimentos que permite um maior controle das praxias. No plano gnosiológico, percebemos que a interiorização garante uma representação mental do seu corpo, dos objetos e do mundo em que vive.

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