sexta-feira, 3 de agosto de 2007


Esta representação mental é responsável pelo aparecimento do membro fantasma. O membro fantasma é a ilusão de que um membro amputado ainda está presente com suas sensações de presença, de volume, de movimento. No lugar do membro, a pessoa sente dor, frio, enfim, sente sua ligação com o resto do corpo.
Ajuriaguerra (1980) diz que isto se deve a um resíduo cinestésico do membro (ou parte do corpo) fisicamente ausente. É uma experiência subjetiva que uma mutilação corporal consegue mudar.
Schilder (1958) explica que existe uma base fisiológica que facilita o conhecimento do corpo; o corpo tem, portanto, um exterior (corpo físico, o que todos vêem) e um interior que seria a representação mental de seu corpo próprio.
Fonseca e Mendes (1987, p. 63), estudando este fenômeno, declaram que o mesmo se deve à persistência de uma consciência do corpo em sua totalidade. Para eles, a existência de um membro fantasma vem comprovar a existência de um conjunto superiormente estruturado nas áreas motoras e sensitivo-somáticas do córtex humano, significando que


(...) para cada área motora corresponde uma área sensitiva associada. A ausência súbita de qualquer elemento do corpo corresponde, sem dúvida, a uma ausência física (e das respectivas inervações motoras) mas permanece a ilusão mental sentida no membro amputado, isto é, o amputado continua a sentir o membro mutilado, através da respectiva representação não só de ordem cinestésica como também (e até) de ordem simbólica.

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