sexta-feira, 3 de agosto de 2007

IMAGEM ESPECULAR


Trata-se da descoberta pela criança de sua imagem no espelho, o que se dá por volta de seis meses de idade. Inicialmente a criança sente-se surpresa com a imagem que vê. Ás vezes tenta pegar seu reflexo, sorri para ele sem reconhecer que é a sua própria imagem refletida. Ela vê a imagem do adulto que a sustém, sorri para ela e se volta surpresa quando este lhe fala. A representação que ela possui deste adulto vai somando à imagem especular dele.
Aos poucos vai percebendo que o reflexo no espelho é uma representação dela também e passa a se ver de forma global como um ser único. Ela brinca com o espelho, faz caretas, põe a mão na face, nos cabelos, pula, beija o espelho. Cada vez mais vai comparar o que Lê Boulch (1984a) chama de reações posturais e gestuais com seu corpo cinestésico. Isto significa que ela percebe que o corpo que ela sente é o mesmo que ela observa no espelho. Ela deve compreender que está onde se sente e não onde se vê (Wallon).

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