sexta-feira, 3 de agosto de 2007


A expressão esquema corporal nasceu em 1911 com o neurologista Henry Head, tendo cunho essencialmente neurológico. Segundo ele (Head, in Quiros e Della Cella, 1973), o córtex cerebral recebe informações das vísceras, das sensações e percepções táteis, térmicas, visuais, auditivas e das imagens motrizes, o que facilitaria a obtenção de uma noção, um modelo e um esquema de seu corpo e das suas posturas. Head ainda afirma que o esquema corporal armazena não só as impressões presentes como também as passadas.
Já Schilder (1958, p. 15) parte das idéias de Head para desenvolver as suas. Ultrapassando a realidade neuropsicológica, chega ao conceito de imagem corporal que seria uma representação mental de nosso corpo e não constitui uma mera percepção mas uma “integração de diferentes gestalten”. Schilder também supôs “a existência de uma gestalten biológica e uma gestalten em contínua modificação como participante da imagem corporal”. “O esquema corporal [para ele] é a imagem tridimensional que todo mundo tem de si mesmo”.
Após Head e Schilder, as idéias sobre esquema e a imagem corporal foram evoluindo. Vayer (1984, p. 73) reconhece que são noções muito complexas, e que são compostas de dados “biológicos, interacionais, inter-relacionais, sociais ...”
Tanto Morais (1986) quanto Santos (1987) explicam, de maneira esclarecedora, para nós, os conceitos de imagem, conceito e esquema corporal. Definem imagem do corpo como uma impressão que se tem de si mesmo, subjetivamente, baseada em percepções internas e externas (exemplo; altura, peso, força muscular) e no confronto com outras pessoas do próprio meio social. O conceito de corpo envolve um conhecimento intelectual e consciente do corpo e também da função de seus órgãos.

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